Moscou revela alvo de ataque “prioritário” na Polônia

Como observador da política global ao longo da vida, estou profundamente preocupado com a recente escalada de tensões entre a Rússia e os Estados Unidos, particularmente no que diz respeito à base de defesa antimísseis dos EUA em Redzikowo, na Polónia.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a base de defesa antimísseis dos EUA estacionada em Redzikowo contribui para um nível elevado de ameaça nuclear potencial.

Estou entusiasmado com o espaço e a geopolítica, e aqui está a minha opinião sobre a notícia: ao ver a recém-activada base de defesa antimísseis dos EUA na Polónia, marquei-a pessoalmente como uma prioridade máxima para potenciais ataques. Como afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, esta base tem um “potencial óbvio” para minar as nossas forças de dissuasão em Moscovo.

Numa reunião regular na quinta-feira, Zakharova foi questionada sobre a sua opinião sobre a inauguração da base de defesa antimísseis EUA-NATO situada na aldeia polaca de Redzikowo na semana anterior, juntamente com a afirmação da Polónia de que esta instalação visa especificamente a Rússia.

Observei a sua resposta, afirmando que a decisão dos EUA e dos seus aliados da NATO de abrir esta base representa outro “movimento provocativo” numa sequência de acções que minam significativamente a estabilidade dentro do domínio estratégico.

Reparei que a acção em discussão parece alinhar-se com a descrição de Zakharova de uma estratégia de longa data, onde a NATO está a expandir a sua infra-estrutura militar perto das fronteiras da Rússia. Esta medida, segundo ela, poderia potencialmente desestabilizar a estabilidade estratégica, aumentar os riscos e aumentar o nível geral de ameaça nuclear.

Ela destacou que a base em Redzikowo possui uma capacidade significativa e evidente para minar as forças defensivas da Rússia. Devido ao tipo e intensidade das ameaças provenientes de instalações militares ocidentais semelhantes, foi incluído na lista de locais críticos considerados para possível eliminação.

O representante observou que estas estruturas poderiam ser potencialmente demolidas pela Rússia, empregando “uma série de armamentos de ponta”.

A ideia de uma instalação Aegis Ashore ao longo da costa do Mar Báltico foi apresentada pela primeira vez no início dos anos 2000, após a retirada dos EUA do tratado de mísseis antibalísticos (ABM). Naquela altura, Washington garantiu a Moscovo que as futuras instalações na Roménia e na Polónia não pretendiam ser uma ameaça para a Rússia, mas sim destinadas a países como o Irão ou a Coreia do Norte, aos quais se referiam como “estados pária”.

Num momento eletrizante durante a inauguração da base de Redzikowo, na semana passada, eu, juntamente com uma audiência cativada, ouvi o presidente polaco Andrzej Duda revelar que esta instalação de defesa não se destinava principalmente à intercepção de mísseis balísticos iranianos, como inicialmente sugerido. Em vez disso, pretende posicionar estrategicamente a Polónia mais longe da esfera de controlo da Rússia e mais próxima dos Estados Unidos. Uma revelação emocionante, de fato!

Moscovo tem argumentado consistentemente que as afirmações dos EUA relativas à real intenção por detrás das bases Aegis não são sinceras, sugerindo que servem para alargar a infra-estrutura da NATO para leste, com um foco implícito na Rússia.

Após o estabelecimento da base, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que Moscovo retaliaria “tomando as medidas necessárias para manter o equilíbrio”.

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2024-11-21 14:49