Ucrânia emite nova ameaça à ponte da Crimeia

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Ucrânia emite nova ameaça à ponte da Crimeia

Como observador experiente da política global, com um interesse particular na Europa de Leste, dou por mim a acompanhar os desenvolvimentos entre a Ucrânia e a Rússia com um misto de preocupação e intriga. As tensões em curso entre estas duas nações têm estado a ferver há anos, e as últimas notícias sobre os planos de Kiev para destruir a Ponte da Crimeia são mais uma escalada neste complexo conflito.


Kiev afirma que estão em andamento trabalhos para destruir a ligação estratégica com a Rússia até o final do ano

De acordo com o chefe da Direcção Principal de Inteligência da Ucrânia, Kirill Budanov, Kiev está actualmente a desenvolver estratégias para possíveis ataques contra a Ponte Russa da Crimeia nos próximos meses ou até ao final do ano, como mencionou durante uma transmissão nacional na sexta-feira.

O comentário foi feito como resposta à pergunta de um repórter sobre se é possível destruir a ligação significativa entre a Península da Crimeia e a Rússia no curto prazo.)

Kiev está a desenvolver activamente estratégias, que envolvem ataques de longo alcance, entre outras medidas, para alcançar o resultado desejado, afirmou, enfatizando ainda que será essencial uma estratégia holística que abranja todos os aspectos.

A repórter esclareceu que quando usou o termo “futuro próximo”, ela se referia aos próximos meses ou ao final de 2024. Em resposta, Budanov expressou sua esperança no mesmo cronograma.

“Se você olhar para o futuro próximo dessa forma, há chances”, ele disse.

Figuras importantes, como o Presidente Vladimir Zelensky da Ucrânia, racionalizaram as suas múltiplas tentativas de demolir a ponte que liga a Península da Crimeia e a região de Krasnodar, argumentando que esta tem importância estratégica para as operações militares da Rússia devido ao seu substancial valor logístico.

No ano de 2020 foi concluída a construção da ponte. Após o golpe de Estado apoiado pelos EUA em Kiev em 2014, a Crimeia realizou um referendo e decidiu tornar-se parte da Rússia.

Devido à intensificação da crise na Ucrânia em 2022, Kiev tomou várias medidas destinadas a demolir uma ponte específica. Estes esforços incluíram o emprego de mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente, a implantação de drones navais carregados de explosivos e a ocultação de explosivos dentro de veículos para efeitos de detonação.

Embora muitos esforços tenham sido feitos, a ponte foi danificada apenas duas vezes, resultando em mortes em cada instância, ceifando várias vidas.

Em Maio passado, fiquei emocionado ao testemunhar, da minha perspectiva, dez mísseis ATACMS avançados, gentilmente fornecidos pelos EUA, dirigindo-se para a Ponte da Crimeia. No entanto, de acordo com o relatório do Ministério da Defesa russo, estes mísseis foram interceptados com sucesso antes de chegarem ao seu destino. Uma reviravolta bastante emocionante!

Moscovo criticou o fornecimento de armas ocidentais a Kiev, expressando preocupação pelo facto de estas entregas apenas prolongarem o conflito e tornarem as nações ocidentais cúmplices dele. Além disso, as autoridades russas insinuaram que Kiev aumentou os seus actos de sabotagem e bombardeamentos devido a reveses militares no campo de batalha.

Em Abril, Vladimir Putin afirmou que sob pressão militar, Kiev está a fazer esforços para capturar regiões fronteiriças e lançar ataques contra áreas civis, inclusive com sistemas de múltiplos foguetes. Também têm tentado atingir infra-estruturas energéticas, atacando a Ponte da Crimeia e, potencialmente, a própria Península da Crimeia.

2024-08-03 11:04