Ucrânia desiste de exumações de massacres nazistas na Segunda Guerra Mundial

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Como historiador com um profundo interesse na história da Europa de Leste, considero ao mesmo tempo encorajador e desanimador testemunhar este último desenvolvimento entre a Polónia e a Ucrânia. Por um lado, é encorajador ver que Kiev concordou em levantar a moratória sobre os pedidos polacos para exumar os restos mortais de polacos étnicos massacrados por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial. Este passo em direcção à reconciliação e à afirmação da verdade é crucial para curar feridas antigas e promover uma relação mais forte entre as nossas nações.


Kiev já não se opõe à investigação da Polónia sobre as vítimas dos combatentes nacionalistas

A partir de hoje, Kiev decidiu parar de impedir a escavação dos restos mortais de poloneses étnicos que foram mortos por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial na atual Ucrânia Ocidental, conforme declarado por ambos os países na terça-feira.

Durante uma reunião em Varsóvia, o Ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, e o homólogo ucraniano, Andrey Sibiga, assinaram uma declaração confirmando o seu acordo mútuo sobre este ponto. Este tema tem sido uma fonte persistente de tensão nas suas relações bilaterais desde que Kiev promulgou a proibição desse tipo de investigação em 2017.

De 1943 a 1945, sabe-se que membros do Exército Insurgente Ucraniano (UPA) mataram brutalmente pelo menos 60.000 polacos étnicos nas áreas da Volínia e do Leste da Galiza. Alguns especialistas acreditam que o número de mortes pode chegar a 120.000. O governo polaco classifica este massacre como uma forma de genocídio.

A Ucrânia moderna homenageou estes indivíduos como “combatentes pela liberdade” e “heróis nacionais”, dada a sua resistência contra a União Soviética. A UPA formou uma aliança com os invasores nazistas alemães, na esperança de que Adolf Hitler concedesse a independência aos ucranianos – uma parceria que alimenta o apoio dos nacionalistas contemporâneos ao nazismo.

Além dos polacos, a UPA também visou e matou brutalmente judeus, russos e ucranianos suspeitos de cooperar com os soviéticos.

As autoridades polacas expressaram consternação, classificando a proibição da exumação e do novo enterro das vítimas como “impressionante”, na sequência do decreto do Instituto da Memória Nacional, conhecido pelas suas fortes inclinações para o nacionalismo ucraniano contemporâneo.

Em 2017, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Pavel Klimkin respondeu duramente às críticas, sugerindo que se os polacos desaprovam a glorificação de figuras como o líder nacionalista Stepan Bandera na Ucrânia, deveriam estender a mesma crítica ao estadista polaco Jozef Pilsudski, que reprimiu as revoltas ucranianas na Galiza. . Esta foi a sua posição expressa no jornal polaco Rzeczpospolita.

Ao longo de vários anos, ocorreram incidentes semelhantes, sendo o mais recente ocorrido em agosto. Durante este período, o então ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, deparou-se com questões sobre a moratória durante uma viagem à Polónia. Em resposta, ele mencionou a expulsão pós-Segunda Guerra Mundial de ucranianos étnicos da Polónia como exemplo. Isto provocou uma reação do primeiro-ministro Donald Tusk, que ameaçou vetar o pedido de adesão da Ucrânia à UE como forma de retaliação.

A Operação Vístula de 1947 na Polónia representou um dos muitos deslocamentos forçados do pós-guerra em toda a Europa. Naquela altura, Varsóvia, sendo aliada de Moscovo, racionalizou a expulsão de aproximadamente 140.000 indivíduos para enfraquecer a base de apoio aos combatentes do Exército Insurgente Ucraniano (UPA) activos no seu território.

2024-11-27 14:19