Tribunal Distrital dos EUA rejeita a alegação do Lido DAO de não ser uma entidade legal

Como pesquisador que acompanhou de perto o cenário em evolução das finanças descentralizadas (DeFi) e suas implicações legais, devo dizer que esta decisão contra o Lido DAO é um marco significativo. A minha experiência na observação de numerosos casos em que instituições financeiras tradicionais foram responsabilizadas pelas suas acções proporciona uma perspectiva única sobre esta situação.


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Em uma decisão judicial significativa, o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia decidiu contra o Lido DAO em um caso que questiona sua situação legal.

Em termos mais simples, a Organização Autônoma Descentralizada (DAO) afirmou que não tem personalidade jurídica e, portanto, está isenta de ações judiciais. No entanto, o tribunal discordou desta perspectiva, explicando que o Lido DAO funciona como uma parceria ao abrigo da lei da Califórnia. Isso significa que ele pode ser responsabilizado por quaisquer questões legais.

Em dezembro passado, um detentor anterior do token Lido DAO (LDO), chamado Andrew Samuels, entrou com uma ação judicial porque sofreu perdas financeiras substanciais após a diminuição do valor do token.

Ele alegou que o Lido DAO e seu token de governança, LDO, violaram as leis federais de valores mobiliários ao não registrar o token como um título. 

Na sua decisão, o tribunal confirmou estas alegações, sublinhando que as organizações autónomas descentralizadas (DAOs) não estão isentas de aderir às directrizes regulamentares. Este julgamento está alinhado com os actuais esforços regulamentares destinados a supervisionar as entidades do sector financeiro descentralizado.

Os representantes legais de Samuel identificaram o poder concentrado dentro da Organização Autônoma Descentralizada do Lido (DAO), observando que aproximadamente dois terços dos tokens LDO estão nas mãos dos fundadores e dos primeiros investidores. Afirmam que esta estrutura de propriedade lhes confere um nível indevido de controlo sobre os processos de tomada de decisão.

A acusação também afirmava que o Lido DAO organizou intencionalmente a sua estrutura de uma forma que evitava o exame legal, permitindo assim que empresas como a Paradigm, a16z de Andreessen Horowitz e Dragonfly Digital Asset Management obtivessem lucros através da venda de títulos não registados sem a devida supervisão.

Além disso, o tribunal considerou provável que estes investidores tivessem influência significativa sobre a tomada de decisões e as atividades diárias do DAO, o que poderia responsabilizá-los por quaisquer questões jurídicas juntamente com o Lido DAO.

Além disso, o documento legal destaca alegações de que o Lido DAO se envolveu em esforços promocionais, como incentivar a aquisição de tokens LDO por meio de redes sociais e providenciar sua inclusão em plataformas de negociação de criptomoedas conhecidas.

Samuel alegou que essas ações equivaliam a uma solicitação, vinculando assim o Lido DAO às suas perdas monetárias. Embora ele tenha adquirido seus tokens por meio de exchanges secundárias, o tribunal estabeleceu que as atividades promocionais eram substanciais o suficiente para associar o Lido DAO a essas transações.

Devido a uma decisão judicial recente, Lido DAO – uma das principais plataformas de staking líquidas com mais de US$ 30 bilhões em ativos (de acordo com dados do DefiLlama) – agora enfrenta obstáculos significativos. Esta decisão poderá abrir caminho para que DAOs como o Lido sejam responsabilizados ao abrigo das actuais estruturas jurídicas, marcando uma potencial mudança na sua regulamentação.

Samuel está buscando indenização por suas perdas monetárias, um julgamento judicial e custos relacionados à sua representação legal. É importante ressaltar que este caso está em andamento e o seu impacto potencial na comunidade das Finanças Descentralizadas (DeFi) continua significativo.

2024-11-19 12:20