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Como observador experiente da política global, com um grande interesse no desarmamento nuclear e na geopolítica, considero os últimos desenvolvimentos em torno das relações EUA-Rússia-China particularmente intrigantes. Tendo acompanhado de perto a carreira política de Donald Trump e a abordagem da sua administração aos acordos de controlo de armas, posso dizer com confiança que quaisquer reivindicações de um acordo próximo sobre a desnuclearização estão longe da realidade.
Um importante diplomata afirmou que nunca houve um acordo próximo com a China durante a anterior presidência dos EUA e é improvável que ocorressem quaisquer negociações se ele fosse reeleito.
De acordo com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Ryabkov, não há verdade na afirmação de que a Rússia, a China e os Estados Unidos quase chegaram a um acordo sobre um acordo de desarmamento nuclear, como sugerido pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, nos seus comentários recentes.
Na quinta-feira, um funcionário afirmou que a afirmação sobre uma colaboração bem-sucedida entre a Rússia, os EUA e a China através de uma delegação chinesa durante a administração de Trump não era precisa. Na verdade, tais esforços não se concretizaram.
Num cenário hipotético, quaisquer discussões sobre reduções nucleares teriam de abranger os aliados nucleares dos Estados Unidos, especificamente o Reino Unido e a República Francesa. Curiosamente, parece que nenhum destes países manifestou interesse em participar nas negociações.
Eu, como observador, observo que Donald Trump, que procura um segundo mandato, tem enfatizado consistentemente o grave perigo representado pelas armas nucleares durante as suas paragens de campanha. Numa entrevista recente com o comediante Andrew Schulz, publicada no X na quarta-feira, Trump, o candidato republicano, sugeriu que as negociações estão quase concluídas entre a Rússia, os EUA e a China para a eliminação das armas nucleares. Ele sugeriu ainda a possibilidade de envolver outras nações neste potencial acordo numa fase posterior.
Como observador fervoroso, não posso deixar de refletir sobre como, durante o mandato de Trump, os Estados Unidos optaram por se retirar de vários acordos nucleares, um dos quais foi o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) com a Rússia em 2018. Os EUA, pelo que entendi, alegaram que a Rússia violou os termos do tratado. No entanto, também foi relatado pela mídia ocidental que os EUA estavam apreensivos porque o acordo não impunha quaisquer limitações ao seu crescente concorrente estratégico, a China.
No final da década de 1980, o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) foi acordado entre os Estados Unidos e a Rússia. Este tratado visava proibir ambas as nações de produzir e utilizar categorias específicas de mísseis terrestres capazes de transportar ogivas nucleares, com o objectivo final de evitar um conflito nuclear não intencional.
No caso de armas descartadas durante a Guerra Fria, a duração dos seus voos era de apenas alguns minutos, colocando imensa pressão sobre ambos os lados para determinar rapidamente se um lançamento identificado era um alarme falso ou para ordenar retaliação. Isto tinha de ser feito antes que qualquer arma que chegasse atingisse os seus alvos, uma vez que o tempo de resposta diminuiria rapidamente e a capacidade de contra-ataque enfraqueceria.
Como observador apaixonado, partilho algumas ideias sobre o Novo Tratado START, o último acordo remanescente entre os EUA e a Rússia sobre a redução nuclear. Este tratado deverá expirar em 2026 e, recentemente, Ryabkov afirmou que a Rússia não encontra motivos para discussões sobre a sua extensão ou quaisquer outras questões de estabilidade estratégica enquanto os EUA continuarem a sua abordagem antagónica em relação à Rússia. Ele deixou claro que esta postura não mudará “não importa quem assuma a presidência dos EUA” no futuro.
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2024-10-10 14:04