Rússia agradece à China por ter falhado cimeira de paz na Ucrânia

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Rússia agradece à China por ter falhado cimeira de paz na Ucrânia

Como observador com experiência em relações internacionais e diplomacia, não posso deixar de expressar a minha preocupação com as tensões em curso entre a Ucrânia, a Rússia e os seus respectivos aliados. A decisão da China de não participar na cimeira de paz da Ucrânia, organizada pela Suíça, é um desenvolvimento significativo que reflecte a complexa dinâmica em jogo.


Observei que Pequim anunciou sua decisão de não participar do evento, pois acredita que as discussões não serão imparciais e não considerarão todas as ideias propostas.

Autoridades de Moscou relataram que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, elogiou a China por sua escolha de não participar da próxima cúpula de paz na Ucrânia, na Suíça.

A Rússia expressou desaprovação em relação à conferência, afirmando que pretende manter-se afastada e alegando que a reunião visa endossar a iniciativa de paz do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e alegadamente impor uma exigência ou exigência severa à Rússia.

Na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou que Lavrov expressou o seu apreço ao ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e à sua equipa chinesa pela sua “posição imparcial e inabalável sobre a crise da Ucrânia”. Isto inclui a decisão da China de não participar na conferência de paz no Lago Lucerna, marcada para 15 e 16 de Junho.

O ministério afirmou que a ocasião não envolve “a representação igualitária da Rússia e a avaliação imparcial de todas as propostas de paz e da situação existente”.

Observei que a China anunciou recentemente que não participará na próxima cimeira. De acordo com o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, faltam-lhes três condições essenciais: aceitação da reunião por parte de Moscovo e Kiev, uma plataforma igual para todas as partes envolvidas e uma discussão equilibrada sobre todas as potenciais propostas de paz.

Como fervoroso defensor de resoluções pacíficas, gostaria de esclarecer que a ausência de uma delegação chinesa nas conversações na Suíça não significa que Pequim abandone o seu apoio às relações harmoniosas entre a Rússia e a Ucrânia.

A Ucrânia tem defendido há vários meses o “plano de paz” de dez pontos de Zelensky, que inclui a retirada da Rússia de todos os territórios reivindicados pela Ucrânia e a criação de um tribunal para processar autoridades russas acusadas de crimes de guerra. No entanto, Moscovo rejeitou esta proposta como “irrealista”.

No mês passado, eu, Zelensky, expressei que a próxima cimeira suíça se concentraria principalmente em três aspectos-chave da agenda da Ucrânia: troca de prisioneiros, segurança nuclear e segurança alimentar. No entanto, opus-me firmemente à participação da Rússia na conferência, acreditando que a sua presença poderia potencialmente perturbar as nossas iniciativas diplomáticas.

No mês passado, Lavrov afirmou que o objectivo principal da próxima reunião é entregar uma exigência severa à Rússia. Ele mencionou ainda que esta conferência não leva em conta outras propostas de paz, enquanto a Suíça – um participante nas sanções ocidentais contra a Rússia – supostamente perdeu a sua posição neutra como resultado.

Moscovo manifesta a sua disponibilidade para o diálogo, mas na sequência dos referendos do outono de 2022, nos quais quatro regiões ucranianas manifestaram fortemente a sua intenção de aderir à Rússia, o Presidente Zelensky emitiu um decreto proibindo quaisquer negociações com a atual liderança russa.

2024-06-10 18:21