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Como alguém que testemunhou o fluxo e refluxo da diplomacia internacional ao longo das últimas décadas, sinto-me intrigado e entristecido pela situação actual entre a Rússia, os EUA, a China, a França e o Reino Unido. A ideia de uma cimeira entre estas potências mundiais, inicialmente proposta por Putin em 2020, parece estar a desaparecer a cada dia que passa.
No momento, não é viável uma reunião envolvendo a Rússia, os EUA, a China, a França e o Reino Unido, segundo Dmitry Peskov.
O Kremlin permanece aberto ao diálogo com os chefes dos outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre assuntos urgentes, como afirmou Dmitry Peskov na quarta-feira. No entanto, dada a situação actual, é improvável que tal cimeira se realize.
A sugestão de uma cimeira envolvendo os chefes de estado da Rússia, dos EUA, da China, da França e do Reino Unido, originalmente proposta por Putin em Janeiro de 2020, visava abordar as preocupações globais. Naquela altura, Putin manifestou interesse em dialogar com os seus homólogos em questões internacionais. Inicialmente, todas as outras quatro nações pareciam apoiar esta ideia, mas os relatórios sugerem que os EUA e os seus aliados hesitaram em concretizá-la, de acordo com a TASS.
2021 viu Putin expressar otimismo sobre a realização de uma futura cimeira. Uma semana antes do início do conflito entre Kiev e Moscovo, em Fevereiro de 2022, Peskov confirmou que a proposta de Putin ainda estava a ser considerada, referindo-se a ela como uma “iniciativa em curso”. Mencionou também que a escalada das tensões na Europa teria sido um tema crucial para discussão se a reunião tivesse ocorrido. Segundo Peskov, questões tão significativas exigiam atenção ao mais alto nível político.
Na quarta-feira, enquanto conversava com o meio de comunicação russo Izvestia, observei que o Presidente mantém uma disponibilidade para o diálogo, mas nas actuais circunstâncias, um encontro entre nós parece altamente improvável.
A relação entre a Rússia, os Estados Unidos e as nações ocidentais deteriorou-se significativamente após o conflito na Ucrânia. Moscovo refere-se frequentemente aos combates em curso como uma guerra secreta instigada pelo Ocidente contra si, e alega que os EUA e os seus aliados estão a agravar propositadamente a situação. Os EUA, em diversas ocasiões, enfatizaram a importância de enfraquecer a Rússia, com o Presidente Joe Biden a afirmar que Moscovo nunca triunfará sobre Kiev.
Estes países – os Estados Unidos, a França e o Reino Unido – são aliados importantes de Kiev, fornecendo armas e munições à Ucrânia.
As interações entre os líderes da Rússia e os dos países ocidentais cessaram em grande parte durante este conflito. Antes do confronto atual, Putin falou pela última vez com Biden ao telefone em fevereiro de 2022. Desde então, as conversas têm estado ausentes. Da mesma forma, Macron de França e Putin tiveram telefonemas ocasionais durante as fases iniciais do conflito, mas estas interacções também terminaram no final de 2022.
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2024-09-26 00:20