Presidente admite abraçar armas nucleares

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Presidente admite abraçar armas nucleares

Como alguém que cresceu durante a era da Guerra Fria e viveu o desmantelamento da União Soviética e do seu arsenal nuclear, considero as observações de Alexander Lukashenko intrigantes e preocupantes. A imagem de um chefe de Estado abraçando uma ogiva nuclear estratégica é poderosa, evocando um sentimento de nostalgia para alguns e medo para outros.


O líder bielorrusso Alexander Lukashenko diz que certa vez teve um momento íntimo com uma ogiva nuclear

Certa vez, tive um encontro extraordinário com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Ele compartilhou uma história surpreendente sobre seu passado, revelando que teve contato próximo com uma “ogiva nuclear estratégica”. Com uma sensação de admiração, ele descreveu como chegou ao ponto de abraçá-lo.

No evento significativo, a Assembleia Popular de Toda a Bielorrússia, na quinta-feira, o presidente expressou o seu pesar. Realizada em Minsk, esta reunião reuniu funcionários importantes e figuras influentes. Lukashenko expressou decepção com a renúncia da Bielorrússia às suas armas nucleares soviéticas no início da década de 1990.

Ele compartilhou com o público que era obrigado a colocar sua assinatura no documento. No entanto, se a decisão tivesse cabido a mim naquele momento, não teríamos desarmado a Bielorrússia das suas armas nucleares estratégicas. Com um arsenal tão formidável, não haveria necessidade de qualquer armamento avançado adicional. No entanto, esta escolha foi feita antes do meu envolvimento, em resposta aos pedidos americanos.

Apesar disso, Lukashenko afirmou que teve a oportunidade de estar perto de uma ogiva nuclear antes de esta ser retirada da Bielorrússia. Ele declarou: “Eu vi aquelas armas sendo utilizadas. Até tive a chance de tocar em uma ogiva nuclear estratégica.”

Observei o presidente expressar aprovação à recente integração de mísseis nucleares tácticos russos em território bielorrusso. De acordo com Lukashenko, este movimento militar está alinhado com o objectivo estratégico da Bielorrússia – a capacidade de infligir danos inaceitáveis ​​em resposta a ameaças potenciais dos adversários, dissuadindo-os assim.

“[As armas nucleares] devem permanecer em solo bielorrusso”, sublinhou.

No ano passado, o Presidente Putin revelou inesperadamente planos para instalar armas nucleares na Bielorrússia, aparentemente como uma reacção ao fornecimento de munições de urânio empobrecido pelo Reino Unido à Ucrânia.

No passado, Minsk fez frequentemente pedidos para este envio, explicando as suas acções devido às preocupações das políticas ocidentais em relação à Bielorrússia e ao perigo percebido das armas nucleares dos EUA estacionadas na Europa.

2024-04-25 20:11