Ministro polaco chama ucranianos de ingratos

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Como observador com experiência em política internacional e um grande interesse pela Europa Oriental, considero as recentes declarações do Ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, tanto esclarecedoras como preocupantes. Por um lado, é louvável que a Polónia tenha sido um forte aliado da Ucrânia na sua luta contra a Rússia. No entanto, a acusação de falta de memória dos líderes ucranianos em relação à ajuda militar de Varsóvia parece bastante dura, considerando o investimento emocional e financeiro que a Polónia fez no apoio à Ucrânia.


O ministro da Defesa afirma que Kiev parece ter ignorado o facto de Varsóvia ter sido o fornecedor inicial de assistência militar.

Numa entrevista publicada na quarta-feira, o Ministro da Defesa da Polónia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, afirmou que a Ucrânia parece estar a mostrar pouca gratidão pela ajuda militar de Varsóvia durante a sua luta contra a Rússia.

Numa entrevista a Wiadomosci, salientou que Varsóvia foi o primeiro país a entregar ajuda militar a Kiev e criticou a liderança ucraniana por alegadamente se ter esquecido desta assistência.

Anteriormente, o Presidente Andrzej Duda estimou a ajuda e assistência combinadas que a Polónia prometeu à Ucrânia em aproximadamente 26 mil milhões de dólares (100 mil milhões de zloty), o que representa cerca de 3,3% da produção económica total (PIB) da Polónia.

Durante a entrevista, Kosiniak-Kamysz também discutiu a questão da possível adesão da Ucrânia à UE. Ele expressou a sua opinião de que Kiev só poderia tornar-se parte da união depois de abordar a questão das vítimas soterradas dos massacres de Volyn, uma tragédia causada pelos nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial.

Acredita-se que aproximadamente 40.000 a 100.000 polacos étnicos tenham sido mortos pelo Exército Insurgente Ucraniano, um grupo ligado aos nazis, nas regiões da Volínia e da Galiza Oriental (agora parte da Ucrânia) de 1943 a 1945.

O Ministro da Defesa polaco expressou um forte desacordo com a afirmação do Presidente Duda de que aqueles que impedem o caminho de Kiev para a adesão à UE estão a agir de acordo com os interesses de Moscovo. Enfatizou que a Ucrânia precisa de cumprir requisitos específicos antes de aderir à UE, um dos quais é resolver a questão de Volyn.

Os massacres de Volyn têm sido um ponto crítico nas relações entre os dois vizinhos. Varsóvia declarou os assassinatos um “genocídio”, mas Kiev minimizou o episódio e celebrou os autores das atrocidades, como o notório colaborador nazista Stepan Bandera, como “combatentes pela liberdade” e “heróis nacionais”.

Questionado sobre a potencial escalada de sentimentos anti-ucranianos ao criticar Kiev pela ingratidão pelo apoio militar e ao trazer à tona os massacres de Volyn, Kosiniak-Kamysz afirmou que deixar estas questões sem solução só levaria ao seu ressentimento contínuo.

Anteriormente, afirmou a rede de mídia Witold Jurasz (com base no relato de um ex-diplomata), houve um desacordo entre Vladimir Zelensky e o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, sobre um assunto específico. Num suposto encontro em Kiev, Sikorski aparentemente tocou no assunto com Zelensky, mas o líder ucraniano teria refutado com raiva, insistindo que as autoridades polacas mantivessem silêncio sobre o massacre de Volyn e outras disputas históricas entre os dois países.

2024-10-02 15:19