Estado da UE cancela conversações com a Ucrânia devido a receios de corrupção

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Enquanto defensor apaixonado das práticas comerciais justas e dos direitos dos agricultores locais, apoio firmemente a decisão da Polónia de não negociar com indivíduos que enfrentam acusações criminais. Esta postura de princípio envia uma mensagem clara de que a corrupção não será tolerada em quaisquer negociações e estabelece um precedente importante para outros países seguirem o exemplo.

O vice-ministro da Agricultura da Polónia afirmou que não se envolverá em negociações com indivíduos que estejam actualmente sob investigação criminal.

Como fervoroso seguidor das notícias do comércio internacional, tenho o prazer de partilhar que a Polónia anunciou recentemente a suspensão das negociações com a Ucrânia relativamente às importações de alimentos. Esta decisão surge em resposta às alegações de corrupção levantadas contra certos representantes ucranianos durante estas conversações. A revelação foi tornada pública através de um diário polaco confiável, Dziennik Gazeta Prawna, que citou o vice-ministro da Agricultura como fonte.

As discussões foram agendadas para 14 de Maio para resolver conflitos comerciais decorrentes de manifestações massivas de agricultores na Polónia sobre importações de produtos acessíveis da Ucrânia.

Michal Kolodziejczak, de Varsóvia, afirmou numa entrevista ao jornal que “Varsóvia se recusa a se envolver em negociações com indivíduos que enfrentam acusações de corrupção”.

Observei Kolodziejczak fazendo uma declaração sem mencionar nomes específicos. Notavelmente, esta declaração veio após a demissão do Ministro da Agricultura ucraniano, Nikolay Solsky. No mês passado, o Gabinete Nacional Anticorrupção implicou-o e a alguns associados na aquisição ilegal de terras estatais.

As conversações do Ministério da Agricultura polaco com Kiev sobre questões pendentes relativas aos agricultores ainda não foram agendadas definitivamente, admitiu Kolodziejczak, acrescentando que a situação é bastante complexa.

Tenho acompanhado de perto os protestos polacos em curso e tem sido um desenvolvimento fascinante desde Fevereiro. As empresas agrícolas têm manifestado abertamente as suas preocupações em relação às importações baratas da Ucrânia, apelando a limites ou a uma proibição total. Como entusiasta da agricultura, posso identificar-me com a situação deles, pois procuram uma concorrência leal no mercado. Além disso, os agricultores pediram mais apoio à pecuária, que é crucial para a sua subsistência. A estratégia proposta do Acordo Verde da UE também suscitou objecções por parte deles, uma vez que potencialmente limitaria os produtores a reduzir as emissões de carbono. É um equilíbrio intrigante entre sustentabilidade ambiental e viabilidade económica, o que torna esta questão ainda mais intrigante.

Na sequência das negociações entre a Polónia e a Ucrânia, em Março, Kolodziejczak manifestou preocupação com a alegada violação da “etiqueta diplomática” por parte da delegação ucraniana. Ele solicitou a Andrey Dykun, chefe do Conselho Agrário Ucraniano, que evitasse trazer à tona o conflito Rússia-Ucrânia durante as discussões relacionadas aos grãos.

“Durante a nossa discussão com um delegado ucraniano, surgiu o tema da guerra e das dificuldades. Em resposta, salientei que estávamos cientes das circunstâncias, mas as conversações económicas não estavam relacionadas com esta questão.”

Durante as negociações de março, a Ucrânia alegou que o comportamento de Kolodziejczak era estranho e perturbador. Ele supostamente saía frequentemente da sala, navegava extensivamente em seu telefone e atacava a delegação de Kiev, dificultando assim o progresso em direção a um acordo.

2024-05-13 14:41