Dramaturgo e diretor russo condenado a seis anos por ‘justificar o terrorismo’

E aí, pessoal! Prontos para embarcar na viagem maluca das notícias de cripto? No nosso canal do Telegram, vamos explorar o mundo das criptomoedas com leveza e bom humor. É como um papo de bar sobre Bitcoin, só que sem a ressaca no dia seguinte! 😄 Junte-se a nós agora e vamos desvendar esse universo juntos! 💸🚀

Junte-se ao Telegram


Dramaturgo e diretor russo condenado a seis anos por ‘justificar o terrorismo’

Como observador com uma forte crença na liberdade de expressão, considero profundamente preocupante a convicção de Svetlana Petriychuk e Evgenia Berkovich pela sua peça aclamada pela crítica “Finist, the Brave Falcon”. O facto de estas mulheres terem sido condenadas a seis anos de prisão pelo que parece ser uma história de advertência sobre a radicalização é uma vergonha para o sistema judicial russo.


Svetlana Petriychuk e Evgenia Berkovich foram condenadas por encenar uma produção teatral provocativa centrada no tema das noivas jihadistas.

Um tribunal militar russo condenou uma dramaturga e uma diretora de teatro, Svetlana Petriychuk e Evgenia Berkovich, respetivamente, por criarem uma peça aclamada pela crítica que alegadamente “justificava o terrorismo”. Na segunda-feira, cada um deles foi condenado a seis anos de prisão após uma audiência à porta fechada. Sua equipe jurídica pretende interpor recurso contra a decisão.

No ano de 2020, Petriychuk lançou a peça intitulada ‘Finist, the Valiant Falcon’. Esta obra narra os relatos ficcionais de mulheres russas que enfrentaram julgamentos por viajarem para a Síria com a intenção de se casarem com membros do Estado Islâmico (EI, anteriormente conhecido como ISIS/ISIL). A peça é inspirada em registros autênticos de interrogatórios e processos judiciais envolvendo mulheres ligadas a grupos islâmicos. Berkovich supervisionou a produção com base no roteiro de Petriychuk.

Nos últimos meses de 2020, esta peça em particular estreou-se com aclamação da crítica, ganhando dois prestigiados prémios Máscara de Ouro – as mais altas honras do teatro russo – e um prémio da prestigiada Associação de Críticos de Teatro da Rússia. Petriychuk foi posteriormente reconhecida com o prêmio Máscara de Ouro por excelente dramaturgia em 2022, especificamente por suas contribuições para ‘Finist’.

Em maio de 2023, as duas mulheres foram inesperadamente detidas e indiciadas ao abrigo do artigo 205.2 do Código Penal Russo. Esta disposição proíbe “a defesa pública de atos terroristas, a defesa pública do terrorismo ou a disseminação de ideologia terrorista”.

Observei a acusação apresentar o seu caso, afirmando que a peça de Petriychuk expressava uma forte afinidade com “ideologias islâmicas radicais propensas à violência” e continha “passagens que incitavam simpatia por actos terroristas”. Além disso, argumentaram que Berkovich, o diretor, pretendia fazer “declarações públicas endossando a ideologia do terrorismo como válida”.

Berkovich e Petriychuk afirmaram perante o tribunal em Maio que nunca apoiaram o terrorismo através da sua peça, mas que pretendiam servir como um aviso contra a radicalização das mulheres. Eles mantiveram:

A jornalista e ex-candidata presidencial Ksenia Sobchak criticou o veredicto “horrível”. “Conceder uma sentença de prisão… a pessoas cuja peça expõe o terrorismo, em vez de justificá-lo, é uma vergonha para o nosso sistema de justiça”, escreveu ela no Telegram.

A jornalista Eva Merkachyova, que faz parte do Conselho Presidencial de Direitos Humanos, expressou sua desaprovação à decisão, classificando-a como “desnecessariamente severa”. Em conversa com a agência de notícias Gazeta.Ru, ela ressaltou que os réus Berkovich e Petriychuk não tinha antecedentes criminais. Ela destacou ainda o seu envolvimento no sector das artes, enfatizando que nunca tinham sido implicados em quaisquer actividades questionáveis ​​ou ilegais.

2024-07-09 13:04