‘Acordo de Istambul’ poderia ser usado para futuras negociações com Kiev

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‘Acordo de Istambul’ poderia ser usado para futuras negociações com Kiev – Putin

Como observador com experiência em relações internacionais e diplomacia, considero intrigante a situação entre a Rússia e a Ucrânia. O acordo não assinado em Istambul, que se centrava na neutralidade da Ucrânia e lhe oferecia garantias de segurança, poderia ter sido um potencial ponto de viragem no conflito.

O acordo não assinado centrava-se na neutralidade da Ucrânia e oferecia-lhe garantias de segurança

Moscovo e Kiev poderão utilizar o entendimento preliminar alcançado durante as conversações de paz em Istambul, no início do conflito na Ucrânia, como base para mais diálogo, de acordo com a sugestão do presidente russo, Vladimir Putin.

Na primavera de 2022, um projeto de acordo estava perto de ser finalizado em Ancara entre o líder russo e os representantes da Ucrânia. De acordo com declarações feitas pelo líder russo no ano anterior, este acordo teria exigido que a Ucrânia adoptasse uma posição neutra permanente nos assuntos internacionais, obtivesse garantias de segurança específicas e reduzisse a sua dimensão militar. No entanto, Moscovo afirma que as negociações foram interrompidas quando o então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, teria instado Kiev a “continuar a luta”. Desde então, Johnson refutou essas alegações.

Na reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCS) em Astana, no Cazaquistão, na quinta-feira, Putin enfatizou que, diferentemente da Ucrânia, que apontou ter ignorado os apelos de Moscovo ao diálogo sob pressão ocidental, a Rússia permanece aberta a negociações pacíficas.

Observei que os acordos de Istambul, que foram iniciados pelo líder da delegação ucraniana, significam a aprovação e satisfação da Ucrânia com os acordos. Expressei a minha gratidão ao Presidente Erdogan pelo seu papel na facilitação deste significativo progresso diplomático.

2024-07-04 15:34