A iniciativa educacional blockchain da Tether chega à Costa do Marfim

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Como analista com vasta experiência no setor de criptomoedas e blockchain, estou entusiasmado em ver a Tether expandindo sua iniciativa educacional para a Costa do Marfim. Tendo trabalhado extensivamente em África, testemunhei em primeira mão o imenso potencial deste continente em abraçar e alavancar tecnologias de ponta como blockchain e criptomoedas.

Como pesquisador envolvido nesta área, tenho o prazer de anunciar que estou colaborando com o Africa Blockchain Institute, um renomado líder de pensamento em blockchain com sede em Ruanda. O nosso objetivo é estender a iniciativa educacional da Tether, focada em criptomoedas, à Costa do Marfim, ampliando assim o nosso alcance e promovendo uma maior compreensão desta tecnologia em todo o continente.

De acordo com uma declaração feita em 9 de agosto, a colaboração da Tether (USDT) visa fornecer educação sobre blockchain aos estudantes através da realização de workshops em cinco universidades localizadas no país da África Ocidental.

Como analista, compilei uma lista das universidades em análise: Université Félix Houphouët-Boigny, Institut National Polytechnique Félix Houphouët-Boigny, Pigier Business School, Université Alassane Ouattara e Université d’Abobo-Adjamé. Estas são as instituições educacionais nas quais nos concentramos em nossa análise.

Na Costa do Marfim, o Tether foi criado para reforçar programas educacionais que ensinam aos alunos sobre a tecnologia blockchain e criptomoedas na prática. Esta iniciativa visa abranger não apenas o básico, mas também aprofundar tópicos avançados como contratos inteligentes, que desempenham hoje um papel fundamental em vários setores, como saúde, finanças, verificação de identidade digital e gestão da cadeia de abastecimento em toda a economia global.

Para um emissor de stablecoin, a educação desempenha um papel crucial, e eles gerenciam suas iniciativas educacionais por meio do departamento Tether Edu.

Em fevereiro de 2024, a empresa lançou o Tether Edu, uma iniciativa que visa principalmente aprimorar o conhecimento de blockchain em regiões em rápido desenvolvimento, como África, América Latina e Oriente Médio. Pretende também expandir o seu alcance na Ásia, na Europa e na Comunidade de Estados Independentes.

Tecnologia Blockchain e criptografia na África

África não só ostenta uma comunidade criptográfica próspera, como evidenciado por um relatório da KASI Insight de Junho de 2023, aproximadamente dois em cada três indivíduos entrevistados em todo o continente reconheceram ter conhecimento sobre moedas digitais como Bitcoin ou Ethereum.

Atualmente, os dados do site de rastreamento Triple A indicam que aproximadamente 44 milhões de africanos possuem criptomoeda. Embora esta seja uma parcela relativamente pequena em comparação com o total global de mais de 560 milhões, há um aumento significativo na propriedade de criptomoedas em toda a África. Notavelmente, a Nigéria, o Quénia e a África do Sul estão entre os países com o maior número de proprietários de criptomoedas no continente.

Embora seja verdade que o mercado criptográfico em África tem registado um crescimento, não se trata apenas de um ambiente não regulamentado de “Velho Oeste”. Na verdade, o Fundo Monetário Internacional (FMI) enfatizou em 2022 que a regulamentação é necessária para este mercado. Vários países africanos estão actualmente a estabelecer quadros regulamentares para supervisionar as actividades criptográficas, embora algumas nações tenham proibições definitivas de criptomoedas. As dificuldades que a Binance encontrou na Nigéria servem como exemplo dos obstáculos regulatórios enfrentados.

Embora enfrente alguns obstáculos, o mercado criptográfico africano está geralmente a registar um crescimento, tornando-o um alvo atraente para empresas como a Valor, que pretendem capitalizar esta tendência através da introdução de ofertas inovadoras de ativos criptográficos.

Paolo Ardoino, CEO da Tether, falou sobre este aumento no crescimento, salientando que um número significativo de indivíduos em África incorpora a criptomoeda nas suas atividades diárias.

Em África, há um interesse crescente e substancial sobre as criptomoedas, uma vez que são cada vez mais vitais para as transações diárias de muitos residentes. O Tether visa dotar a geração emergente de líderes da Costa do Marfim e de África com o conhecimento e as competências necessárias para prosperar na economia digital, de acordo com Ardoino.

2024-08-09 18:16