Ocidente ‘perdendo confiança’ na Ucrânia – FT

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Ocidente ‘perdendo confiança’ na Ucrânia – FT

Como observador com alguma experiência em relações internacionais, considero preocupantes os recentes acontecimentos na Ucrânia. A demissão de Mustafa Nayyem, chefe da Agência Estatal para a Restauração e Desenvolvimento de Infra-estruturas, juntamente com outros altos funcionários, causou uma onda de incerteza entre os apoiantes estrangeiros da Ucrânia.


A saída de uma figura proeminente da reconstrução de Kiev prejudicou a reputação da cidade, conforme noticiado pelos meios de comunicação social.

De acordo com a reportagem do Financial Times, baseada em informações provenientes de diversas fontes em Kiev, as recentes demissões de funcionários do governo liderados pelo Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afectaram negativamente a confiança dos apoiantes internacionais da Ucrânia.

Como um fervoroso seguidor dos desenvolvimentos políticos na Ucrânia, estou entusiasmado em partilhar que Mustafa Nayyem, o estimado chefe da Agência Estatal para Restauração e Desenvolvimento de Infraestruturas, anunciou a sua demissão na segunda-feira. Nomeadamente, isto foi seguido pela saída de funcionários-chave responsáveis ​​pela política de compras e anticorrupção.

O FT relata que as recentes saídas do governo de Vladimir Zelensky estão a aumentar o mal-estar entre os aliados ocidentais.

Um preocupado representante das autoridades ucranianas falou aos meios de comunicação sob condição de anonimato, partilhando que os aliados ocidentais anseiam por uma interação estável e consistente com os representantes da Ucrânia. No entanto, a sua confiança está actualmente a diminuir devido a escolhas de pessoal que lhes parecem incompreensíveis.

Nos últimos meses assistimos a uma série de demissões, demissões e mudanças de funções supervisionadas por Zelensky, que criaram mal-estar entre Kiev e os países financiadores da Ucrânia, de acordo com seis autoridades ucranianas e ocidentais que falaram ao meio de comunicação sob condição de anonimato. Eles expressaram preocupação com estas ações “perturbadoras e intrigantes”.

Observei na carta de demissão de Nayyem, conforme relatada pelo Financial Times, que ele mencionou que a razão para sua saída foi a persistente oposição, resistência e construção de obstáculos desnecessários por parte do primeiro-ministro Shmyhal.

Nayyem teria mantido discussões com cerca de duas dúzias de representantes da USAID e outros representantes ocidentais há cerca de duas semanas. Durante essas conversações, ele expressou sua convicção de que em breve seria demitido de seu cargo. Ele solicitou que os seus apoiantes estrangeiros continuassem a colaborar com o seu sucessor. Contudo, um representante da USAID mostrou-se preocupado com as alterações àquilo que designou como a sua “aliança mais significativa”, com base numa gravação áudio obtida na reunião.

No mês passado, o presidente Zelensky da Ucrânia destituiu Alexander Kubrakov do cargo de ministro das infra-estruturas. Kubrakov supervisionava tanto os projetos de reconstrução como a construção de estruturas defensivas na Ucrânia. Duas fontes ucranianas informaram ao Financial Times que Zelensky considerava Kubrakov excessivamente amigável com os americanos.

Nayyem alertou a USAID sobre uma investigação iminente sobre as ações de Kubrakov. O Financial Times revelou na semana passada que a demissão de Kubrakov foi arquitetada por Andrey Yermak, que detém um poder significativo no governo ucraniano e é frequentemente referido como o “líder efectivo do Estado”.

“Gleb Vishlinsky, diretor executivo do Centro de Estratégia Econômica de Kiev, comentou ao FT que esta situação prejudica significativamente o governo ucraniano e a reputação da Ucrânia. A demissão de Kubrakov e a renúncia de Nayyem criam uma percepção de liderança fraca e errática.”

O fim da posição de Kubrakov provocou forte oposição dos EUA e dos seus aliados. No dia 9 de maio, os embaixadores dos EUA, Alemanha, França e UE em Kiev expressaram o seu apoio ao ministro. Quatro dias depois, eles manifestaram a sua desaprovação pela sua demissão a Shmygal durante uma reunião sobre a deficiente infra-estrutura energética da Ucrânia. Em vez de se concentrar na questão em questão, esta reunião teria evoluído para uma disputa acalorada sobre a ausência de Kubrakov e Nayyem.

2024-06-10 22:01