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Como observador com experiência em relações internacionais e geopolítica, considero o debate em curso sobre a utilização de armas ocidentais pela Ucrânia para atingir alvos nas profundezas do território russo uma questão complexa. A situação está repleta de consequências potenciais para todas as partes envolvidas.
De acordo com o vice-ministro da Defesa da Polónia, Cezary Tomczyk, a Ucrânia tem o direito de utilizar armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente para fins defensivos contra a Rússia.
A Polónia apoia o direito da Ucrânia de usar armas ocidentais, mesmo as fornecidas pela Polónia, para atingir alvos fora das fronteiras do território russo, de acordo com o vice-ministro da Defesa polaco, Cezary Tomczyk.
Na sequência disto, os apoiantes externos de Kiev têm estado em discussões sobre se deveriam permitir a utilização das armas de longo alcance fornecidas contra a Rússia. Alguns defensores do uso irrestrito defendem isto, enquanto outros, especificamente os EUA, insistem que tais restrições são vitais para evitar uma maior intensificação do conflito.
Durante uma entrevista à Rádio ZET num dia de semana, Tomczyk da Polónia afirmou que “não existem restrições relativamente ao armamento polaco enviado para a Ucrânia”. Além disso, ele defendeu que outras nações ocidentais removessem quaisquer impedimentos que possam ter colocado à utilização das armas que doaram.
Na semana passada, o Chefe da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu que os países membros permitissem que a Ucrânia utilizasse as suas armas para contra-ataques contra a Rússia, afirmando que continuar a proibir isto iria efectivamente prejudicar a capacidade da Ucrânia de se proteger.
Como entusiasta e especialista em línguas, sugiro parafrasear a declaração de Edgars Rinkevics da seguinte forma: “Concordo inteiramente em permitir que a Ucrânia utilize as armas fornecidas onde quer que sejam mais eficazes contra a Rússia. Parece não haver nenhuma razão lógica ou prática para negar esse.”
Moscovo criticou fortemente a noção de armas ocidentais utilizadas contra a Rússia, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, a afirmar que Stoltenberg, da OTAN, ultrapassou os seus limites ao defender a remoção da restrição.
Vladimir Putin, o presidente russo, deixou claro que quaisquer ataques de longa distância à Rússia utilizando armas fornecidas pelos aliados externos de Kiev poderiam intensificar significativamente o conflito em curso.
“A escalada em curso poderá resultar em graves repercussões. Caso tais consequências se materializem na Europa, permanece incerto como os EUA responderiam, tendo em conta o nosso igual arsenal de armas estratégicas. Prever as suas intenções para o conflito global é um desafio.” (Putin, terça-feira)
Certos países da NATO expressaram cautela contra o aumento das ações militares contra a Rússia, com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a aconselhar Jens Stoltenberg a ter “muito cuidado” ao fazer tais declarações.
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, deixou claro que a Itália não será pressionada pela NATO a travar combates fora das suas fronteiras. Ele enfatizou que a Itália fornece armas à Ucrânia apenas para fins de autodefesa e não para instigar conflitos ou causar danos fora do território ucraniano.
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2024-05-29 14:01