A terceira opção secreta em finanças descentralizadas | Opinião

Como desenvolvedor experiente com mais de seis anos de experiência em programação de contratos inteligentes e tecnologia blockchain, concordo plenamente com a perspectiva apresentada aqui. Na minha jornada pelo labirinto do DeFi, entendi que a noção de que uma UX forte só pode ser alcançada às custas da descentralização é falsa e perigosa.

Tendo testemunhado em primeira mão a queda de entidades centralizadas como Three Arrows Capital, Celsius e FTX, é evidente que as suas limitações em termos de fiabilidade, transparência e responsabilização podem ter consequências desastrosas para os utilizadores. Por outro lado, protocolos descentralizados como o Aave, com a sua transparência e visibilidade na cadeia, proporcionam um farol de esperança e confiança.

Tenho visto a evolução do DeFi UX por meio de melhorias de contratos inteligentes, soluções de camada 2 e designs de carteira intuitivos que não exigem o sacrifício da descentralização. Projetos como a carteira Uniswap e Unichain L2 provam que isso pode ser feito. Os desafios que enfrentamos não são intransponíveis e estou a trabalhar ativamente para os resolver através do meu trabalho na Union.

Quando as pessoas criticam o DeFi por ser muito complexo, muitas vezes esquecem que o TradFi também não é um passeio no parque. Gerenciar várias contas em diferentes bolsas ou transferir ativos de uma corretora para outra dificilmente é uma experiência tranquila. O DeFi visa simplificar esses processos ao mesmo tempo que introduz transparência, falta de confiança e controle do usuário. Sua UX pode não ser perfeita hoje, mas está melhorando a cada dia.

O futuro das finanças não deverá envolver a escolha entre a conveniência centralizada e a segurança descentralizada; precisamos de ambos. Estou otimista de que a lacuna de UX no DeFi diminuirá e um dia os usuários não terão que fazer essa escolha. Em vez disso, eles desfrutarão de uma experiência contínua, segura e transparente — e é por isso que continuo a concentrar meus esforços na construção desse futuro.

Para aliviar o clima, deixe-me deixar esta piada: Por que os programadores não gostam da natureza? Porque tem muitos bugs! Mas fique tranquilo, no mundo do DeFi, estamos trabalhando incansavelmente para eliminar esses bugs e proporcionar a você uma experiência de usuário mais agradável.

É frequentemente sugerido, embora potencialmente arriscado, que experiências fáceis de usar (UX) em Finanças Descentralizadas (DeFi) só podem ser alcançadas através de algum nível de centralização. Esta noção pode parecer lógica, uma vez que plataformas como Coinbase e Binance são conhecidas pelas suas interfaces simples para utilizadores comuns. No entanto, os sistemas centralizados muitas vezes enfrentam dificuldades em aspectos como transparência e segurança. Uma abordagem mais descentralizada poderia potencialmente resolver estas questões, ao mesmo tempo que oferece uma experiência de fácil utilização.

Num esforço para tornar os projetos de finanças descentralizadas (DeFi) mais atraentes para um público mais amplo, alguns podem optar por enfatizar a experiência do utilizador (UX) em detrimento da transparência e da segurança. No entanto, sacrificar a segurança pela acessibilidade pode levar a problemas no futuro.

A crença de que a experiência do usuário (UX) é crucial para o sucesso dos projetos web3 levou alguns desenvolvedores DeFi a sentirem que devem comprometer a descentralização, o que contradiz os princípios fundamentais e o propósito (razão de ser) do DeFi.

A perspectiva que você apresentou parece ignorar a importância da descentralização, uma vez que ela não precisa e não deve ser comprometida na busca por uma experiência de usuário mais integrada dentro do DeFi. Em vez disso, buscamos uma mistura harmoniosa de ambos.

Um lembrete do que acontece quando sacrificamos a descentralização

Tem sido evidente que as entidades centralizadas dentro da criptomoeda atingiram consistentemente seus pontos de ruptura, como mostraram incidentes como o desaparecimento da Three Arrows Capital (3AC) e da Celsius. Estes casos sublinham como as estruturas centralizadas muitas vezes não conseguem proporcionar a fiabilidade e a transparência que os utilizadores procuram, podendo mesmo levar a resultados catastróficos. O colapso da FTX serve como exemplo, onde a centralização facilitou um nível mais elevado de sigilo, ocultando a tomada de decisões arriscadas do escrutínio público. Este véu de opacidade causou ondas de choque em toda a indústria quando bilhões de ativos de usuários desapareceram misteriosamente. Infelizmente, os usuários da FTX ignoraram esses riscos até que fosse tarde demais.

Como investidor em criptografia, passei a apreciar a transparência e a responsabilidade que os protocolos descentralizados oferecem. Ao contrário de suas contrapartes centralizadas, todas as transações são registradas abertamente no blockchain, proporcionando-me informações valiosas e tranquilidade. Este nível de visibilidade é algo que não encontraria nos sistemas financeiros tradicionais. Protocolos DeFi como o Aave, que estão em operação desde 2017, demonstram a longevidade e eficácia dessas soluções descentralizadas, provando que vieram para ficar.

Os sistemas descentralizados não são infalíveis – como demonstrado pelo colapso do Terra em 2022, mesmo a descentralização não garante a prosperidade. No entanto, uma vantagem importante é que, quando estes protocolos descentralizados falham, fazem-no de forma transparente. Os usuários recebem algum nível de conhecimento do sistema e o poder de responsabilizar esses sistemas se algo parecer questionável.

A descentralização não é incompatível com UX

No contexto das Finanças Descentralizadas (DeFi), é evidente que a experiência do utilizador (UX) não deve ofuscar a descentralização. No entanto, isto não significa necessariamente que deva ser um compromisso – pelo contrário, pode ser alcançado sem sacrificar a essência da descentralização.

Da minha perspectiva como analista, é evidente que o panorama das Finanças Descentralizadas (DeFi) está a passar por uma transformação notável. Inovações como melhorias de contratos inteligentes, soluções de camada 2 e designs de carteira fáceis de usar estão revolucionando a experiência do usuário (UX) DeFi, tudo sem comprometer a descentralização. Isto foi claramente demonstrado por projetos como a carteira Uniswap e Unichain L2.

Como um desenvolvedor experiente que passou anos trabalhando em aplicativos web2 centralizados e soluções DeFi descentralizadas, posso dizer com segurança que o desafio de criar uma experiência de usuário (UX) forte em DeFi é realmente formidável devido à relativa juventude da indústria. Aplicativos centralizados, com base em estruturas web2 de décadas e recursos de criptografia adicionados como uma sobreposição, oferecem hoje uma experiência de usuário mais tranquila porque os desenvolvedores podem aproveitar seu amplo conhecimento de UX web2. Em contraste, as estruturas descentralizadas apresentam desafios únicos, como escalabilidade, fragmentação e problemas de conformidade que não são encontrados em aplicativos web2 tradicionais. No entanto, estou otimista quanto ao futuro do DeFi, uma vez que estes desafios estão a ser ativamente abordados e resolvidos por uma comunidade crescente de desenvolvedores apaixonados por ultrapassar os limites do que é possível com a tecnologia blockchain.

Contra o que estamos medindo o DeFi?

Como um usuário que navegou tanto pelas finanças tradicionais (TradFi) quanto pelas finanças descentralizadas (DeFi), muitas vezes descobri que determinar UX bom versus ruim é de fato um aspecto crucial a considerar, especialmente quando se trata de DeFi devido à sua natureza complexa sendo frequentemente criticado. No entanto, devo admitir que o TradFi nem sempre foi o mais fácil de navegar, tendo enfrentado muitos desafios para descobrir interfaces fáceis de usar nos sistemas financeiros tradicionais. É essencial que ambos os setores priorizem melhorias de UX para que mais pessoas possam acessar e se beneficiar desses serviços com facilidade, independentemente de ser TradFi ou DeFi.

Navegar por inúmeras contas em diversas plataformas de negociação ou transferir ativos entre corretoras costuma ser uma jornada acidentada. As finanças descentralizadas (DeFi) se esforçam para agilizar essas tarefas, melhorando a interoperabilidade, ao mesmo tempo que oferecem vantagens adicionais, como transparência, falta de confiança e controle do usuário. Embora a interface do usuário possa não corresponder às plataformas web2 atualmente, ela está melhorando rapidamente. À medida que mais ferramentas e protocolos evoluem, a experiência do usuário também evolui.

Não pode ser isso ou aquilo. Precisamos de ambos

No domínio das finanças, é crucial que não tenhamos de nos comprometer entre a facilidade de utilização proporcionada pelos sistemas centralizados e a segurança oferecida pelos descentralizados. Em vez disso, deveríamos insistir em ter ambos, dadas as nossas experiências com as deficiências das instituições centralizadas e a crescente importância da transparência.

A divisão entre a experiência do usuário (UX) em Finanças Descentralizadas (DeFi) está diminuindo. Embora possa não desaparecer da noite para o dia, eventualmente chegará um momento em que os usuários não terão que se comprometer entre facilidade de uso e segurança. Em vez disso, irão usufruir dos benefícios de ambos, e é por isso que os nossos esforços devem ser direcionados para a criação desse futuro.

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2024-12-29 16:14