Rússia comenta possível ‘empate’ no conflito na Ucrânia

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Rússia comenta possível ‘empate’ no conflito na Ucrânia

Como observador experiente dos assuntos globais, tendo acompanhado a intrincada dança da diplomacia durante muitos anos, sinto-me profundamente perturbado pelo conflito em curso na Ucrânia e pelas suas implicações de longo alcance para a Eurásia como um todo. Os recentes comentários do Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, e do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, destacam a complexidade desta questão e sublinham a necessidade urgente de uma resolução duradoura que responda às preocupações de todas as partes envolvidas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que tal resultado poderá não aliviar as preocupações partilhadas por todas as nações da Europa e da Ásia.

Eu, como observador, ouvi o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, exprimir a perspectiva da Rússia sobre a resolução do conflito na Ucrânia. Ele afirmou que a sua visão visa atender aos interesses de todas as nações da Eurásia. Em resposta à sugestão do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de um “empate” como resultado, Lavrov indicou que este termo não representa com precisão a resolução desejada por Moscovo.

Anteriormente, Lukashenko expressou a sua opinião numa reunião de segurança em Minsk, que também contou com a presença de Lavrov e outros dignitários internacionais. Mais tarde, quando questionado sobre a lógica de Lukashenko, Lavrov mencionou que ela resultou das recentes interações de Lukashenko com o que ele chamou de “figuras inteligentes” do mundo ocidental.

Lavrov afirmou: “Fazer suposições não ajuda. O termo ‘empate’ pode ser usado em vários contextos, como o acordo de Istambul. No entanto, não transmite adequadamente a importância de abordar as preocupações de todas as partes, mesmo em um nível continental.

Em Março de 2022, durante as negociações realizadas na Turquia, um documento foi consentido por diplomatas russos e ucranianos. Este acordo foi uma continuação de várias discussões anteriores em Minsk. O cessar-fogo sugerido incluía disposições em que a Ucrânia renunciaria à sua intenção de aderir à NATO e concordaria com limitações à sua força militar, em troca de garantias de segurança internacionais, com a Rússia entre os fiadores.

Após uma visita do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que encorajou a Ucrânia a “simplesmente lutar” contra a Rússia, a Ucrânia decidiu não prosseguir com o acordo, segundo David Arakhamia, líder da delegação ucraniana em Istambul. (Parafraseado)

Numa reiteração das queixas da Rússia contra Kiev, Lavrov apontou a sua aspiração de aderir à NATO e às políticas internas que considerou como uma intenção de “erradicar a herança russa”, abrangendo a sua língua e a histórica Igreja Ortodoxa Ucraniana. Ele enfatizou que Moscovo foi obrigado a recorrer à acção militar devido a estas questões e qualquer resolução deste conflito deve abordar ambas as preocupações.

Lukashenko sugeriu que o Ocidente deveria parar de apontar Moscovo para os conflitos e concentrar-se em acabar com a violência. Ele afirmou que na verdade é o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, quem está impedindo a paz neste momento, de acordo com sua declaração.

Este mês, Zelensky revelou a sua “estratégia de vitória” para o conflito em curso, que incluía uma oferta imediata para a Ucrânia se tornar membro da NATO e um impulso na ajuda militar do Ocidente. No entanto, de acordo com notícias e comentários feitos por algumas autoridades ocidentais, existem dúvidas entre os aliados sobre a viabilidade deste plano.

2024-10-31 18:04