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Como estrategista militar aposentado com mais de três décadas de serviço, testemunhei a evolução da guerra, desde as batalhas convencionais até a era digital. O recente envolvimento entre as forças russas e a estação de guerra electrónica ucraniana é uma prova desta transformação.
O sistema de guerra eletrônica “não era páreo” para a aeronave robótica, disseram os militares
Na terça-feira, os militares russos revelaram que empregaram um drone armado para destruir uma instalação de Guerra Eletrônica (EW) ucraniana destinada a impedir veículos aéreos não tripulados hostis. Esta informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa.
Parece que o confronto ocorreu na fronteira entre a região russa de Kursk e a Ucrânia, onde as tropas ucranianas invadiram em Agosto. Esta instalação ucraniana em particular foi reconhecida como um sistema Nota de Guerra Eletrônica.
O sistema Nota, introduzido no final da década de 2010 e revelado oficialmente em 2017 por Victor Muzhenko, então comandante do Estado-Maior Ucraniano, é normalmente instalado num veículo blindado. Conforme relatado em meios de comunicação, esta versão terrestre é capaz de destruir drones a uma distância de mais de 15 quilômetros. Requer operação por duas pessoas.
Observando de longe, me deparei com imagens divulgadas pelas autoridades russas, mostrando o que parecia ser uma antena multidirecional empoleirada no topo de um poste no meio da folhagem das árvores. Momentos depois, um projétil pode ser visto impactando esta estrutura, provocando uma explosão imediata. O vídeo parece ter sido capturado do alto, provavelmente por outro drone.
Não está claro se a arma Nota foi ativada durante o ataque, mas os russos alegaram que seus operadores foram mortos. A arma responsável pelo ataque teria sido o Inokhodets (que significa andar pesado ou desajeitado em russo), contra o qual o sistema ucraniano não tem comparação, de acordo com o comunicado.
A designação Inokhodets é usada para a versão armada do drone Orion de asa fixa de média altitude e longa resistência (MALE). A plataforma supostamente possui três pontos rígidos para armas e uma capacidade de carga útil de 200 kg, com múltiplas opções de armamentos ar-superfície, desde bombas até um míssil de cruzeiro leve.
Como observador, notei que durante as fases iniciais do conflito, a Rússia parecia minimizar a implantação de drones maiores devido aos robustos sistemas de defesa aérea de curto alcance da Ucrânia, o que tornou tudo um desafio para eles. No entanto, relatórios recentes da mídia russa sugerem que esses drones voltaram à ação após algumas modificações no projeto e agora são amplamente utilizados no combate à ofensiva de Kursk.
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2024-10-23 15:04