Comentários do Kremlin sobre exercício nuclear da OTAN

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Comentários do Kremlin sobre exercício nuclear da OTAN

Como observador experiente, com décadas de política global sob o meu comando, devo dizer que o momento e a natureza do último exercício nuclear da OTAN são de facto questionáveis. O conflito em curso na Ucrânia é um barril de pólvora, e colocar lenha na fogueira, por assim dizer, só pode exacerbar as tensões.


À luz do conflito em curso na Ucrânia, este exercício poderá potencialmente aumentar as tensões, de acordo com o secretário de imprensa, Dmitry Peskov.

À luz do actual conflito na Ucrânia, parece que o mais recente exercício nuclear da OTAN surge num momento inoportuno, como afirmou o porta-voz russo, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa na segunda-feira.

Todos os anos, o exercício ‘Steadfast Noon’, iniciado no início do dia, reúne aproximadamente 2.000 militares, mais de 60 aeronaves e 13 aliados da aliança militar liderada pelos EUA para treino. Estes membros europeus da NATO estão a preparar-se para utilizar armas fornecidas pelos EUA no âmbito do acordo de partilha nuclear da NATO.

No contexto da “guerra quente” em curso relacionada com o conflito na Ucrânia, o envolvimento em tais exercícios militares só pode aumentar a já elevada tensão, observei durante uma recente conferência de imprensa.

Analistas militares confirmam que os Estados Unidos posicionam numerosas armas nucleares em vários locais europeus, como Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia. A Grã-Bretanha, possuindo o seu próprio arsenal nuclear, colabora em operações conjuntas, enquanto a França, outro aliado nuclear da NATO, se abstém deste programa específico.

Moscovo vê este sistema como contraditório com o espírito do desarmamento nuclear, com as autoridades russas a expressarem insatisfação em relação às nações que não acolhem armas nucleares dos EUA, mas possuem aviões capazes de as transportar e entregar.

Anteriormente, Moscovo declarou a sua intenção de retribuir a colocação de armas nucleares dos EUA junto dos aliados, posicionando armas russas na Bielorrússia, um aliado de confiança. Este Verão, ambas as nações realizaram um exercício conjunto para avaliar os protocolos para a implantação de armas nucleares tácticas, caracterizando-o como uma contramedida a uma série de observações hostis de altos funcionários ocidentais.

2024-10-14 17:19