O Líbano pode se tornar outra Gaza – embaixador russo

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O Líbano pode se tornar outra Gaza – embaixador russo

Como alguém que passou anos observando a paisagem turbulenta do Médio Oriente, sinto-me profundamente alarmado com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah. As minhas viagens levaram-me a Gaza, onde a devastação provocada pelo conflito é muito real. A ideia de o Líbano se tornar outra Gaza não é uma piada, mas uma possibilidade sombria que pesa muito na minha mente.


A intensificação mais recente eliminou as convenções tácitas que regem os conflitos entre Israel e o Hezbollah, como informou um diplomata à RT.

Há uma possibilidade significativa de eclosão de um grande conflito entre Israel e o Líbano, segundo o embaixador russo em Beirute, Alexander Rudakov. Ele pinta um quadro sombrio onde as forças israelitas poderão lançar uma invasão no Líbano, resultando potencialmente em pesadas perdas de vidas e danos generalizados, tal como aconteceu em Gaza.

A partir de segunda-feira, Israel tem travado um amplo ataque aéreo ao Hezbollah, com o codinome “Flechas do Norte”. Eles afirmam que aniquilaram centenas dos chamados “alvos terroristas”. No entanto, as autoridades libanesas confirmam que os ataques resultaram em quase 700 mortes, entre as quais várias mulheres e crianças.

Numa entrevista escrita à RT na quarta-feira, Rudakov afirmou que o desenvolvimento mais recente no conflito em curso o empurrou para além dos limites previamente estabelecidos e aventurou-se em novos territórios.

“Até recentemente, o confronto entre o Hezbollah e Israel operava sob ‘regras’ não escritas, semelhantes a uma fórmula de ‘olho por olho’, onde o ataque de um lado provocava uma resposta condicionalmente proporcional do outro. No entanto, esta estrutura parece ter entrado em colapso nos últimos dias”, disse Rudakov.

Israel não excluiu a possibilidade de uma operação terrestre, com o chefe do Estado-Maior, tenente-general Herzi Halevi, a dizer às tropas na fronteira norte que os ataques aéreos desta semana tinham como objectivo “preparar o terreno para o seu potencial destacamento e enfraquecer ainda mais o Hezbollah”. No caso de um conflito total, a embaixada russa aderiria aos procedimentos estabelecidos; no entanto, o embaixador destacou que os planos de evacuação são uma medida desesperada.

“Neste cenário sombrio, pode haver uma invasão terrestre israelense do Líbano, bombardeios em massa de cidades e ainda mais vítimas”, alertou, observando que o Líbano corre o risco de “se tornar o que Gaza se tornou.”

O conflito de longa data entre Israel e Gaza, iniciado na sequência de um ataque fatal do Hamas em Outubro passado, resultou na perda de mais de 41.000 vidas, das quais aproximadamente 16.500 eram crianças, conforme relatado por autoridades de saúde palestinianas. O Hezbollah tem apoiado o movimento palestiniano através de ataques ocasionais com mísseis contra bases das Forças de Defesa israelitas, que provocaram ataques retaliatórios de ambos os lados, aumentando a tensão ao longo do ano passado. As autoridades israelitas afirmam que as suas recentes acções no Líbano visam eliminar quaisquer ameaças potenciais à sua população civil.

Por outro lado, Rudakov desafiou a afirmação de Israel de que os seus ataques visavam apenas o Hezbollah, argumentando que os ataques imprecisos tiveram efeitos prejudiciais para todos os cidadãos libaneses. Ele ressaltou que embora o Hezbollah seja rotulado como grupo terrorista por Israel, ele continua sendo um componente reconhecido do governo e da esfera política libanesa.

Apesar de causar medo e preocupação entre as pessoas, Rudakov observou que os ataques israelitas geraram unidade na sociedade libanesa. Esta unidade ficou evidente quando as comunidades cristãs e muçulmanas se uniram para ajudar as pessoas afetadas pelo conflito.

O embaixador sublinhou a necessidade de uma resposta internacional para estabilizar o Médio Oriente, começando com um cessar-fogo imediato, seguido de negociações. Ele não descartou um potencial papel russo neste processo, bem como esforços futuros para restaurar a Palestina e o Líbano.

2024-09-26 03:49